porque faço livros?
Há quem me pergunte porque faço livros em vez de desenhos que se possam pendurar em paredes. Gosto da intimidade do livro, do cara-a-cara com o leitor, da solenidade do virar de página, da dualidade esquerda-direita. Gosto de o segurar nas mãos, de viajar com ele, de o passar para as mãos de muitas pessoas.
VIGIA
o livro que aí vem – VIGIA – é uma conversa entre a luz que vejo durante o dia e o sonho que me visita durante a noite.
próximo livro
O meu próximo livro, em auto edição, chama-se VIGIA e reune aguarelas que tenho feito a partir da observação direta de uma janela sobre a cidade.
há um ano, era assim
sonhos
há 25 anos que escrevo os meus sonhos / houve até um período em que programava o despertador para me acordar várias vezes durante a noite para os anotar / quando preciso de acertar a minha bússola emocional eles são a minha lanterna / duvido que alguma vez consiga inventar enredos tão surpreendentes quando estou acordado / já andava a pensar nisto há uns anos, e agora chegou a altura de eles fazerem parte do meu próximo livro.
manhã
13 agosto 22
naturezas mortas
voltar a casa
As aguarelas líquidas (vulgo Ecolines) acompanham-me desde os 14 anos; quando mexo nestes pequenos frascos de líquidos luminosos e transparentes regresso à pré-adolescência, ao refúgio que me davam nesses anos turbulentos e solitários. Voltar a eles é sempre voltar a casa, por isso dei comigo a pensar se o meu próximo livro não será um regresso?
1- estudo para BARRIGA DA BALEIA
2- excerto de A MINHA CASA NÃO TEM DENTRO
3- excerto de ESTÁS TÃO CRESCIDA!
4- autoretrato 2015
5- estudo para a peça A MONTANHA