labor

O tempo do trabalho de atelier é o tempo da natureza: lentidão exasperante com apontamentos de súbita surpresa. É um labor dedicado à procura da preciosidade, de um fazer sentido. Nunca fui amante de noitadas de trabalho em cima de finais de prazo (cafeína não, muito obrigado, o último café que tomei foi em 1998). Guardo-me para os acessos de adrenalina em cima de um palco (esses sim, preciosos). Os meios digitais parecem incitar à velocidade e ao imediatismo, mas a verdade é que as melhores soluções tenho-as encontrada numa sucessão de operações analógicas depois cosidas no computador (fazer primeiro e pensar depois). Vêm-me estas ideias à cabeça, por causa deste desenho começado há mais de 2 meses que encontra agora, calmamente, a sua configuração final.